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não me venha com histórias
lembranças de algo que já não o é faz tempo...
tanto que não sei mais o que realmente aconteceu e o que a minha imaginação criou...
não me venha com pedidos
não dá mais pra remendar
retalhos perdidos no caminho, pedaços que se desfizeram com o tempo, poeira que o vento levou...
não me venha com promessas
palavras que não são medidas
verbos que já não conjugam, encontro entre etnias que não se entendem mais...
porque a cumplicidade deriva diretamente da verdade...
amor não rima com posse...
cuidado significa querer ver alguém bem...
e saudade diz respeito às coisas boas que restariam se a mágoa não as apagarem...
não atire palavras ao vento
não submeta a credibilidade a um jogo de poder
não desperdice o que talvez ainda tenha sobrado após tantas provocações
simplesmente para provar (a quem mesmo?) que ainda tem o comando
agora só posso dizer
que a cada derrocada te admiro menos
a cada palavra em vão morre um pouco de um fiapo de sentimento
para cada desrespeito só receberás desprezo
e, no final, sabemos bem onde tudo vai parar...
e jogaremos ao mar as cinzas do que sequer sabemos se um dia foi
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o amor é tão simples, mas as pessoas tratam de complicar, desgantando as relações...o desencanto raramente se encanta novamente...
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